Tuesday, February 12, 2008

Insônia

ok... são quase 4 da manhã, dormi acho que na melhor das hipóteses 1 hora e tou revirando na cama... Com sono mas sem conseguir dormir. Apesar disso estou bastante lúcida pra tentar colocar um pouco pra fora o que rolou.

Quem não tem saco de ler resmungos, melhor parar por aqui. Esse é só mais um post pra mim, tentando aliviar um pouco a sensação que não sei descrever.





Por mais estranho que possa parecer, não estou tão balançada quanto estive outras vezes. No fundo eu sabia que tinha terminado e eu mesma pensei inúmeras vezes em como conseguiria terminar esse relacionamento, principalmente nos últimos meses. Tava bem claro que não tinha jeito: a gente não fazia planos para um 'futuro' (claro, nunca existiu isso), nos últimos tempos nem beijos tinha mais e eu já tinha percebido; mesmo nas horas ditas 'quentes' eram beijos mecânicos, quase uma obrigação, isso quando existia.

Acho que no ano passado qdo ele me deu o pé eu chorei o suficiente e de uma certa forma, me libertei dele (sim, era essa a sensação) e quando nos reaproximamos, eu nunca voltei a sentir por ele o que senti antes, até o tempo em que ele estava no Sul)... Fiquei sempre com o pé atrás. Deve ter acabado realmente naquela época... Como eu acredito que nada na vida acontece por acaso, nesse caso não poderia ser diferente e esses meses foram uma maneira que Deus (ou o ente/ser superior, chamem como quiserem), arranjou de ir soltando qualquer amarra que ainda houvesse e acabando também com toda e qualquer ilusão ou esperança.

O problema é que eu sou tão cabeça dura, que mesmo sabendo que faltava alguma coisa, ainda assim tentei. Só não esperava que eu fosse precisar desse chacoalhão todo pra admitir o que eu já sabia. Sim, mesmo não tendo dito a ninguém (acho que disse parte disso para o próprio) eu admito que nesse último ano não me dei por completo, por achar que não tinha jeito. Burrice? maybe... Só sei que no dia que ficamos juntos depois do pé, foi fisicamente bom, mas sempre teve um quê de estranho, de um certo vazio.

Um outro sinal de que a coisa não tava legal é que nesse último ano, eu não tinha vontade de contar tuuuudo pra ele (isso ele nunca teve e eu sentia muita falta... não é legal você estar num relacionamento e ser literalmente informada das decisões do outro, por menor que seja a coisa... é extremamente frustrante). Parece que começamos a travar pequenas batalhas... enfim, a intimidade e o companheirismo deixaram de existir...

Ainda vou chorar, ficar perdida e em vários momentos vou me perguntar o que aconteceu, quando terminou, por que tinha que ser assim, por que tive que gostar tanto dele (acho que isso acontece em todos os fins de relacionamento? Todos não, mas na grande maioria) mas no final das contas, ele não era o homem para mim. Ele nunca tinha se prendido a ninguém, nem nunca se prenderá a ninguém, simplesmente porque ele não é uma pessoa que cria raízes, vínculos. Acho bastante provável que daqui a alguns anos eu o encontre na rua - e já que eu sei que este mundo é uma ervilha e esta ervilha gira alucinadamente, eu sei que vou acabar trombando com ele em algum momento - e fique sabendo que está ainda na vida errante, e sozinho. ele sabe que não é uma pessoa de criar raízes - só não sei se percebeu que está em constante fuga. Quando nos reencontramos, tive a impressão que ele tinha mudado, e que talvez, só talvez, ele pudesse fazer um pouco diferente, realmente ter alguém, ter uma casa fixa dele e coisas assim...

Para todos os efeitos, gostei muito dele (acho que posso dizer que amei de verdade e que durante muito tempo eu quis sim ficar com ele pela vida toda) e sei também que tive muita culpa em não ter dado certo. Não sei até que ponto a reciproca foi verdadeira, mas acho que ele gostou de mim também, não o suficiente para abrir mão de nada, mas gostou.

Agora está doendo e eu estou com raiva (orgulho ferido talvez? não, acho que não é isso.. é mais uma sensação estranha de vazio... Acho que essa tristeza tem mais a ver com a falta do sentimento? do saber que ele estava ali pra me dar um abraço.)

Perdi um pouco o equilíbrio e vai demorar um tempo até 'voltar ao normal'.

Pelo menos aprendi uma coisa: gostar muito de alguém, gostar realmente de alguém não significa que vai dar certo. Gostar muito de alguém não significa que você vai ter forças para passar por cima de todas as dificuldades, de relevar todos os erros, as frustrações e defeitos.

Uma última crítica que eu quis fazer pra ele e que nunca consegui colocar claramente é que eu sempre estive numa 'caixinha' isolada na vida dele, que não se misturava com mais nada. As outras 'caixas' até podiam saber que ele tinha a caixa lúcia, mas nunca se misturar. (Precisa de prova maior de que ele nunca esteve realmente comigo?).

Não sei o que sinto por ele. Se raiva pura e simples ou pena... Sim pena. Dó.

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