Thursday, August 23, 2007

Ah sim, lembrei de uma coisa... lembram da história do barulho de obra as 2 da manhã? Bom, eu devia ter publicado antes, mas no corre-corre acabei não comentando... Naquele dia fatídico que não conseguia dormir e descobri que o PSIU no final das contas tem uma burrocracia absurda, escrevi pro Estadão (SIM, eu fiz isso - prova máxima que estou virando uma velha rabugenta), praquela área de recamações da cidade. Uns dias depois o cara do PSIU me liga perguntando o que tava rolando, já que a reclamação TINHA CAÍDO NA IMPRENSA NÉ? (o cara enfatizou bem essa parte). Bom, contei o que acontecia e que depois eu descobri que era barulho de obra que tavam recapeando a rua de baixo, (detalhe: o asfalto tinha menos de um ano, e claro que na primeira chuva um pouco mais forte, o asfalto mais novo ainda foi pras cuias). ok, assunto encerrado.

Mais alguns dias, recebo por escrito o que o cara do PSIU mandou pro Estado. Respondo educadamente, agradecendo a atenção do jornal blablabla e sugerindo que, já que o PSIU não pode averiguar (lembrar que não tem mais trema) todas as denúncias, que então se integrasse o sistema do PSIU com a programação de obras, para que caso alguém ligasse perguntando se tinha alguma obra na região, os atendentes soubessem que sim ou não. Pelo menos pra mim e pras pessoas para quem contei isso, todas acharam que fazia sentido.

Outros dias mais e veio a resposta do nosso excelentíssimo senhor secretário das subprefeituras e subprefeito da Sé:
Cara sra. ,



Seria ideal que todos os órgãos da Prefeitura estivessem interligados. Porém, muitos assuntos são completamente diferentes, como barulho e asfaltamento, e infelizmente não era possível que a atendente do PSIU soubesse sobre asfaltamento. Realmente, não há um fiscal de plantão durante o expediente, pois a cidade tem mais de 10 milhões de habitantes. Imagine quantas denúncias falsas chegariam até o PSIU. Sobre o funcionamento do PSIU, o órgão trabalha a partir de denúncias feitas pelo telefone 156. O prazo de 10 dias é necessário para que se possa montar a operação de vistoria que, apesar de parecer simples, demanda uma grande logística. Muitas vezes é necessário contar com o envolvimento da das polícias Civil e Militar, das subprefeituras locais e da CET. Além disso, deve-se tomar cuidado para que os detalhes da operação não vazem, evitando que, ao chegar ao local, o estabelecimento esteja fechado, o que impossibilita a ação.

Agradeço a sua preocupação e garanto que a questão do barulho, assim como o combate a outras formas de poluição, é uma das prioridades de nossa administração.



Atenciosamente,



Andrea Matarazzo

Secretario das Subprefeituras e subprefeito da Sé "


Minha conclusão: nosso excelentíssimo senhor secretário das subprefeituras e subprefeito da Sé não tem a menor idéia do que seja um obra, (afinal de contas, obra com barulho? pra quê? não faz sentido o psiu ser avisado.). E também não parou para pensar que, uma denúncia verificada na hora em que é recebida, tem menos chances de ter seus dados 'vazados'.

2 comments:

Arthur said...

realmente, obras são coisas muito silenciosas, não incomodam ninguém. Pelo contrário, trazem muita paz e tranquilidade aos locais que estão sendo efetuadas. :P

lúcia said...

o barulho de uma obra é música que ajuda a dormir né? De noite então, não tem coisa melhor!

Eu mereço ouvir essas coisas!