minha vida do outro lado....

Sobrevivendo ao.... 14.? não, 16. dia da minha vida outra vida....
Depois de tanto tempo você descobre que:
- café da manhã as 4 da manhã vira ponto de encontro;
- café da manhã as 4 da manhã não tem gosto (talvez por ser 4 da manhã?);
- o bom humor das pessoas dorme a noite toda, bem como minha capacidade de entender o que me dizem ou escrevem....
- existe gente mais louca do que a gente, gente que fica SIM vendo o que tá acontecendo nas olimpíadas às 4 da manhã enquanto as pessoas se socializam um pouco no café da manhã, apesar de até o chefe da budega admitir que ninguém deve estar vendo isso àquela hora... (veja bem, veja bem, alguém que fica acordado a noite toda REALMENTE acompanhando o que tá acontecendo nas olimpíadas, ou tá sifu como a gente - e nesse caso eu me compadeço, mas não considero muito, já que tá vendo olimpíadas e não tá fazendo o que deveria -, ou então é realmente freak, sem amigos - e nesse caso eu também não considero muito por ser o que é.
- se você passa 16 dias convivendo com as mesmas pessoas, algumas você percebe que começam a relaxar na aparência... do tipo "me joguei no lixo, peguei o que sobrou e vim pra cá"; outras pessoas tem a incrível capacidade de ainda terem pique pra pilhas as outras, mesmo que sejam 9 horas da manhã do dia seguinte...
- não existe café suficiente para uma noite.
- depois de 12 horas ouvindo o ar condicionado, se alguém dá bom dia ou tenta parecer engraçadinho ou faz qualquer comentários com um mínimo de conotação não positiva, a vontade que eu tenho é de catar uma bazuca e dar atirar no meio do nariz do infeliz. Três vivas a quem inventou os fones e os protetores de ouvido.
ok... eu sou freak....
obs: tem como não ficar rabugenta numa situação dessas?

3. dia, 4a. noite...

Terceiro dia de competição... 4a. noite...
Arthur, admito maybe I'm too old to this shit... Pior que desta noite em diante eu tou sozinha aqui, nem tem os minos pra ficar batendo papo quando aperta o sono.

Raios de Olimpíadas na China!

Bittersweet Simphony

Tem certos dias que eu acho que vi o suficiente em casamentos, mas sempre me surpreendem... história de hoje: Casamento em fim de ano.

São Paulo é uma cidade infernal em termos de gente-indo-ao-shopping-fazer-compras-no-fim-de-semana. No fim do ano o impossível acontece: fica pior. Aparentemente tem gente que não percebeu isso ainda e marca casamento no penúltimo fim de semana antes do natal, exatamente 10 dias antes... (Primeira conclusão: quem faz isso é sem noção. Segunda conclusão: não tem consideração pelas pessoas, que já estão loucas só pelo fim do ano.) Se o "sem nocionismo" parasse por aí, ainda engolia... mas a noiva do dia resolveu marcar o dia da noiva... num shopping. suficiente? Não! marcou no shoppping mais movimentado da cidade. Chego ao lugar e encontro uma noiva de franja... DE FRANJA!!!! Daquelas que eu acho horrível! ARGH! Já dava para ter uma idéia de como são os noivos... Mas a noiva não entendeu como o carro pode atrasar! Será que é porque estamos em época de natal? e DENTRO de um shopping? e o carro deve ter pego trânsito para chegar? fila para entrar no shopping? congestionamento para circular no estacionamento? será? será? será? Fala sério!!!
Fim da primeira parte

Noivos deveriam ter uma cartilha de coisas a não fazer em um casamento... Uma delas é NÃO tocar Bittersweet Symphony na entrada do noivo! Aliás, NÃO tocar Bittersweet Symphony no casamento todo a não ser que você queira que algum convidado se enforque! (Carmina Burana é fichinha comparada com Bittersweet....) Para quem não conhece essa música, que tem um violino lindíssimo:
"'Cause it's a bittersweet symphony, this life
Trying to make ends meet
You're a slave to money then you die"
Preciso dizer mais?

ok, ok, ok... eu invejo pessoas felizes...

Tolerância Zero

Me discriminam por detestar gente burra, mas vamos lá... Você perde dois dias de trabalho fazendo e testando uma página, corrigindo alinhamento de um pixel e em 5 segundos vem um Zé Mané que caga tudo sem dó nem piedade. Se fosse só o um pixel tava bom, mas não, o um pixel é pouco, ele vai e caga bem 20 pixels aqui, 30 arquivos ali, e mais uns 10 do outro lado.

Não contente, duas horas depois dele fazer a merda você avisa "Zé Mané, a página que você mexeu tá com erros tal, tal e tal. Conserte por que não tava assim."

5 horas depois o Zé Mané chega do intervalo de cigarro dele, bate papo com todos a sua volta e mais 2hs depois o Zé Mané chega para você e pergunta "Você tem back-up?"

Não, não tenho, simplesmente porque acabei de terminar isso e deixei finalizado bonitinho, e não achava que um FDP qualquer fosse cagar a coisa tão feio sem ter back-up e menos ainda sem nem ter visto o que fez. Se vira mala.

E a história se repete...

Quando eu comecei a estagiar, naquele lugar que está nas raízes do que eu faço hoje, eu tinha uma culéga de trabalho que era vista como uma pessoa digamos, delicada para se lidar. Num determinado dia ela era toda sorrisos, no outro existia a chance de você tomar uns coices fenomenais; e todos sabiam disso. A tática era chegar e conversar numa boa sobre coisas amenas até ver como estava o humor do dia e nunca NUNCA repetir brincadeiras por muito tempo. Anos depois fui aperfeiçoando a técnica (pelo menos tenho tentado), e cá estou eu. Querendo fazer exatamente o que essa determinada pessoa fazia: basicamente botar as pessoas em seus devidos lugares e estabelecer limites para que ninguém saia ferido da brincadeira.

Conclusões do dia:
- Todo mundo deveria ter uma pessoa como aquela na vida: aprenderia a respeitar quando o humor alheio não anda nada bom.
- O seu primeiro emprego vai marcar sua vida eternamente.
- Estou virando a velha do gato.

Avisos:
- Cuidado que um coice pode te atingir gratuitamente, dado que os que vieram antes não praticaram a arte da observação.

Juro que tento seguir os conselhos de uma pessoa feliz e sensata, mas tá cada vez mais difícil. Sobre isso, invejo as pessoas felizes e sensatas, porque eu não sou nem uma coisa nem outra.

obs: ok, esse post não ficou tão bom quanto eu gostaria, será que um dia consigo virar uma pessoa feliz e sensata? Ou será que isso já nasce com a pessoa?

Por que todo “cidadão indignado”, principalmente se for rico, começa o seu discurso sempre com o clichê: “pago todos os impostos”. Porra, isso faz dele um cidadão especial? É um ticket que dá direito a reclamar com mais razão? “Pago meus impostos” não é argumento para absolutamente nada, então já começou errando...
daqui

Aiai, eu não sei porque eu ainda me espanto quando alguém diz coisas desse gênero... (mais ainda, não sei como eu mesma ainda fico brava com isso e posto alguma coisa contra isso no meu blog), mas enfim.... Vai que alguém um dia lê e cai a ficha que tá o post ali é uma grande bobagem (besteira maior ainda sou eu falando isso de um site de bobagens... mas acho que também tem gente q pensa igual... aliás eu desconfio que seja uma boa maioria).

Se alguém ainda não souber o óbvio do óbvio, continue lendo, senão, não perca tempo lendo o que vem por aí... aliás, acho que vou resumir ao máximo:

Quem começa com um 'pago meus impostos' não tem nada de playboy ou nada, apenas acredita AINDA que o dinheiro desses impostos DEVERIAM ir para os nossos queridos governantes cuidarem da MERDA de segurança que temos nesse país, ao invés de se preocupar em abrir as pernas pro Renan Calheiros ser absolvido, o Lula continuar passeando e a mulher dele (ou o rabo do diabo) ficarem fazendo compras e redecorando o Palácio do Planalto como se fosse a casa dela.

Então sim, ele pode começar com um 'pago meus impostos' (no caso dele deve ser uma quantia bem considerável), assim como eu posso e um monte de gente que PAGA imposto pode e DEVE lembrar aos ignorantes pra que serve essa coisa, além de bancar os luxos dos nossos inúteis governantes.

Tem certos micos que as pessoas realmente não precisam passar, uma delas é chegar na portaria do prédio do namorado/noivo/amigo colorido ou o que for e ser chamada pelo nome da ex do namorado/noivo/amigo colorido. Fosse uma vez vá lá, agora toda santa vez... Minha conta de celular pode até aumentar, mas de agora em diante não vou mais na portaria!

Ah sim, lembrei de uma coisa... lembram da história do barulho de obra as 2 da manhã? Bom, eu devia ter publicado antes, mas no corre-corre acabei não comentando... Naquele dia fatídico que não conseguia dormir e descobri que o PSIU no final das contas tem uma burrocracia absurda, escrevi pro Estadão (SIM, eu fiz isso - prova máxima que estou virando uma velha rabugenta), praquela área de recamações da cidade. Uns dias depois o cara do PSIU me liga perguntando o que tava rolando, já que a reclamação TINHA CAÍDO NA IMPRENSA NÉ? (o cara enfatizou bem essa parte). Bom, contei o que acontecia e que depois eu descobri que era barulho de obra que tavam recapeando a rua de baixo, (detalhe: o asfalto tinha menos de um ano, e claro que na primeira chuva um pouco mais forte, o asfalto mais novo ainda foi pras cuias). ok, assunto encerrado.

Mais alguns dias, recebo por escrito o que o cara do PSIU mandou pro Estado. Respondo educadamente, agradecendo a atenção do jornal blablabla e sugerindo que, já que o PSIU não pode averiguar (lembrar que não tem mais trema) todas as denúncias, que então se integrasse o sistema do PSIU com a programação de obras, para que caso alguém ligasse perguntando se tinha alguma obra na região, os atendentes soubessem que sim ou não. Pelo menos pra mim e pras pessoas para quem contei isso, todas acharam que fazia sentido.

Outros dias mais e veio a resposta do nosso excelentíssimo senhor secretário das subprefeituras e subprefeito da Sé:
Cara sra. ,



Seria ideal que todos os órgãos da Prefeitura estivessem interligados. Porém, muitos assuntos são completamente diferentes, como barulho e asfaltamento, e infelizmente não era possível que a atendente do PSIU soubesse sobre asfaltamento. Realmente, não há um fiscal de plantão durante o expediente, pois a cidade tem mais de 10 milhões de habitantes. Imagine quantas denúncias falsas chegariam até o PSIU. Sobre o funcionamento do PSIU, o órgão trabalha a partir de denúncias feitas pelo telefone 156. O prazo de 10 dias é necessário para que se possa montar a operação de vistoria que, apesar de parecer simples, demanda uma grande logística. Muitas vezes é necessário contar com o envolvimento da das polícias Civil e Militar, das subprefeituras locais e da CET. Além disso, deve-se tomar cuidado para que os detalhes da operação não vazem, evitando que, ao chegar ao local, o estabelecimento esteja fechado, o que impossibilita a ação.

Agradeço a sua preocupação e garanto que a questão do barulho, assim como o combate a outras formas de poluição, é uma das prioridades de nossa administração.



Atenciosamente,



Andrea Matarazzo

Secretario das Subprefeituras e subprefeito da Sé "

Minha conclusão: nosso excelentíssimo senhor secretário das subprefeituras e subprefeito da Sé não tem a menor idéia do que seja um obra, (afinal de contas, obra com barulho? pra quê? não faz sentido o psiu ser avisado.). E também não parou para pensar que, uma denúncia verificada na hora em que é recebida, tem menos chances de ter seus dados 'vazados'.